terça-feira, 7 de agosto de 2018

Uma análise sobre o filme E a vida continua de Roger Spottiswoode, 1993.

FILME:

(imagem: Quer saber, 2013.)

        Trata-se de uma resenha de um filme maravilhoso que apresenta em um contexto mais cientifico a descoberta do vírus do HIV e a associação da doença da AIDS com a comunidade LGBT.

(imagem alterada de: Mercado livre e Wikipédia)

       O filme baseado em fatos reais, conta a história dos Estados Unidos no fim da década 70 quando houve uma nova epidemia de uma doença totalmente desconhecida. O cenário do filme se passa em Atlanta no Centro de Controle de Doenças (CCD) onde os cientistas investigam casos que acometiam a comunidade gay nas cidades de Nova Iorque, São Francisco e Los Angeles.
      As pessoas apresentavam sintomas de infecção por pneumocytes, fungicas, toxoplasmose, herpes e sarcoma de kapori. Como a maioria dos infectados eram homossexuais que confirmavam manter relações sexuais em saunas, anteriormente foram levantadas hipóteses que a doença era transmitida sexualmente, notadamente por sêmen. Entretanto, mesmos com as hipóteses os cientistas não poderiam provar, mas as hipóteses já justificavam um possível estudo definitivo sobre a transmissão sexual e com isso foi entrevistados os infectados e construído um mapa conceitual ligando os indivíduos que manteve relações sexuais para provar essa hipótese.
        Por mais que a hipótese de transmissão sexual era evidente, ainda havia duvidas como se o agente infeccioso era um retrovírus ou uma bactéria, se era conhecido ou estavam lidando com um novo agente. Em sete meses, o número de casos foi de 5 para 152 em cinco estados e a mortalidade estava em 40% prevista a chegar a 100%. Após as premissas e hipóteses, as equipes que estudavam o caso começaram com a montagem de laboratório e logo de inicio se depararam com dificuldades financeiras. A posição de fechar as saunas para melhor controle da dispersão da doença foi repreendida e ouve embates contra a comunidade gay, pois na época esses locais eram conhecidos como símbolo de liberdade sexual e não havia provas concretas da transmissão sexual. Uma fala marcante no filme foi que “em um incêndio não se espera por provas cientificas, apenas pega a mangueira e apaga o fogo”, porém a comunidade gay entendia que quanto mais relacionasse a doença com as saunas e o comportamento homoafetivo, mas haveria repulsa da sociedade para com a comunidade LGBT.
    Todavia, casos de 11 bebês e haitianos que não mantiveram relações homossexuais mudaram completamente o conhecimento já adquirido sobre essa nova doença e os rumos das pesquisas. Sequentemente, estudos de casos com pacientes que realizaram transfusões de sangue levantaram outra hipótese: o agente estava no sangue. Uma luta começou para que os bancos de sangue passassem por analises, porém como o custo era muito alto logo foi negado e milhares de pessoas na época foram contaminadas por essa via de transmissão.

     Outra cena interessante no filme foi à cena em que um dos personagens no dia de halloween observa pela janela pessoas fantasiado de morte ao descobrir que foi infectado, essa cena transmite a analogia de que as pessoas que descobriam a enfermidade passavam na época, pois quase nada se sabia da doença e muito menos havia esperança de expectativa de vida. A parada gay de halloween, em São Francisco de 1981 já apontava 166 casos e 88 mortes.
     Com a descoberta da doença não estar relacionada só a comunidade gay, houve a proposta de mudança do nome da doença para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA- em inglês), pois na época era popularmente conhecida como Câncer ou Pneumonia Gay, formalmente DIRG (Doença Imunológica Relacionada à Gay). Uma das cenas que determina que a doença atinja o sistema imunológico e a cena em que dois pesquisadores estão em hora livre e jogando pac man e ao observar o pac man devorando os fantasmas (objetivo do jogo) supõe que há algum agente devorando as células T de defesa. Com isso os estudos voltaram na contagem de linfócitos onde se haveria abaixo de 200 algum agente estava atuando sobre as células de defesa do organismo.
      Após a contagem os franceses conseguiram uma imagem por microscópico eletrônico do retrovírus, compararam com o da leucemia felina e hepatite B, porém a morfologia apontava para um novo retrovírus. Ao enviar as pesquisas para Dr. Gallo publicar em revistas cientifica, ele se apoderou da descoberta e levou o crédito pela descoberta. Uma luta judicial começou e ambos concordaram em divisão de crédito, porém há muitas dúvidas a cerca da descoberta do retrovírus do HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Após a descoberta do vírus, a luta agora é a respeito da vacina.
    O filme além de trazer referência de cientistas e sua metodologia como procura pelos fatores determinantes, distribuição e áreas de destaque, frequência com dados comparativos, também levanta questões de embate ético como desvios de recursos financeiros da pesquisa e plagio por Dr. Galllo e, embates políticos uma vez que o cenário se passa na época de eleição de Reagan e o mesmo fecha os olhos para minoria e não investe em pesquisas e muito menos em analises dos bancos sanguíneos e o resultado é visto no final do filme que acaba com as fotos de pessoas (famosas e não famosas) que morreram na época ao som da música TheLast Song de Elton John que é considerada uma das canções que trás a tona o tema da AIDS com uma letra de um homem que se encontra à beira da morte "tão leve quanto uma palha e tão frágil como um pássaro" e o número de mortes. Atualmente, em muitos países há legislações a respeito da privação de doação de sague por LGBTs e não há cura para a AIDS, porém com o tratamento o soropositivo pode levar uma vida normal.


Gabrielli Duarte dos Santos, 2018.


ALÉM DO FILME:

a) DOAÇÃO DE SANGUE
(imagem: Sandra Monteiro)

Saiba mais de doação de sangue pelos sites:


COMO É DOAR SANGUE? | Prof. Paulo Jubilut:

(Como o vídeo é de terceiros, contribua deixando seu "gostei" para apoiar esses geradores de conteúdo virtual)



b) ATUALMENTE COMO ANDA A QUESTÃO DE DOAÇÃO DE SANGUE POR LGBTS?

Homossexuais e doação de sangue | Drauzio Comenta #02:

(Como o vídeo é de terceiros, contribua deixando seu "gostei" para apoiar esses geradores de conteúdo virtual)



HOMOSSEXUAIS PODEM DOAR SANGUE? #SlowNews 30 | BlaBlalogia:

(Como o vídeo é de terceiros, contribua deixando seu "gostei" para apoiar esses geradores de conteúdo virtual)



*Vale a pena assistir esse filme, o mesmo se encontra na plataforma do YouTube legendado (qualidade 240p):


(Como o vídeo é de terceiros, contribua deixando seu "gostei" para apoiar esses geradores de conteúdo virtual)








Obrigado pela visita e você pode contribuir ainda mais visitando outros post aqui no blog :)

PLÁGIO É CRIME, NÃO COPIE E COLE SEM AS DEVIDAS REFERÊNCIAS!


(Como o vídeo é de terceiros, contribua deixando seu "gostei" para apoiar esses geradores de conteúdo virtual)